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CULTURA

Além de uma natureza exuberante que permeia e envolve tudo que há aqui, Boipeba é dona de uma rica cultura local que apresenta diversas manifestações folclóricas, artísticas e de fé, como a Festa do Divino, Festa de Iemanjá, Zambiapunga e Bumba Meu Boi. Há ainda monumentos históricos dos mais antigos do Brasil, que nos contam histórias da época da chegada dos europeus às nossas terras e dos modos de vida do passado.

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LAVAGEM DA IGREJA DO DIVINO

LAVAGEM DA IGREJA DO DIVINO

A Devoção ao Divino Espírito Santo se difundiu no País no período colonial (século XVII). Em Boipeba, ela surgiu em 1616, quando o Bispo de Salvador Dom Constantino Barradas criou a freguesia (paróquia) do Divino Espírito Santo de Boipeba.

 

O Bispo Dom Constantino nasceu em Lisboa, Portugal no ano de 1550 e morreu em Salvador no ano de 1618.

Na liturgia e na tradição, a festa acontece sete semanas, ou seja, 50 dias após a páscoa e a festa acontece para celebrar a descida do Espírito Santo sobre a comunidade cristã, marcando também o nascimento da Igreja Católica no mundo.

Entre os elementos característicos da festa, destacam-se: A bandeira do Divino, lavagem da Igreja, novenário, batizados, procissões, e a missa festiva.

A Festa do Divino Espírito Santo de Boipeba é um verdadeiro encontro das manifestações culturais da ilha. Durante o dia festivo é possível acompanhar, além das missas e dos rituais do candomblé, rodas de Capoeira e o Bumba-meu-boi.

FESTA DO DIVINO POR LUCIANO RODRIGUES

FESTA DO DIVINO POR CRISTINA CENCIARELLI

FESTA DE IEMAJÁ
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FESTA DE IEMANJÁ

A festa de Iemanjá acontece no dia 2 de fevereiro, sendo uma das mais culturais e populares festas da Ilha de Boipeba. O evento que se realiza desde 1987 é organizado pela Família Magalhães Meneses, fruto de uma devoção de Dona Neide Magalhães.

A Rainha das Águas, como também é chamada, é festejada por devotos e pescadores com um cortejo marítimo. Inúmeros barcos são enfeitados com bandeirolas e palhas de coqueiros, conduzindo flores e outros presentes para Iemanjá. As principais ruas da vila são decoradas para a passagem do cortejo, animado por uma fanfarra, que vai até o cais, local de onde saem as embarcações com as oferendas. Os festejos começam às 05h da manhã com uma alvorada, às 09h inicia-se a arrumação dos balaios, também chamados de presentes, às 14h o cortejo desfila pelas ruas em direção ao cais e, desse, saem todas as embarcações para o mar.

Para os adeptos do Candomblé, a data é muito especial por ser o dia em que se comemora a mãe dos orixás e protetora dos pescadores. Nesse dia ela é homenageada com flores e perfumes e, segundo a tradição, é dia de renovação no amor. Os fiéis entregam seus balaios de flores e perfumes para agradecer por tudo que tem alcançado ao longo das suas vidas.

Iemanjá também é festejada na comunidade de Moreré.

FESTA DE IEMANJÁ POR PAULO CUENCA

FESTA DE IEMANJÁ POR RONALDO FRANCO

ZABIAPUNGA
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ZAMBIAPUNGA

O Zambiapunga é uma manifestação cultural presente apenas no Baixo Sul da Bahia. É um grupo formado principalmente por homens, mas também há presença de mulheres e crianças. O grupo desfila nas ruas da comunidade de Boipeba tradicionalmente no carnaval, Festa do Divino, e em outras datas comemorativas.

O folguedo é marcado pelo uso de adereços alegóricos: trajes de roupas coloridas, mascaras e capacetes. Durante o cortejo são percutidos instrumentos peculiares, como enxadas, búzios, tambores e instrumentos de percussão, que se espalham pelas ruas da vila conclamando a população em ritmo de celebração.

Segundo a educadora Núbia Cecília Pereira dos Santos, a origem da palavra Zambiapunga vem de Zambi ou Nzambi-a-Mpungu que é o Deus supremo dos povos bantus, originada da África Central, na altura entre Congo, Angola e Zâmbia.

Essa manifestação folclórica é herança dos negros trazidos das regiões citadas acima, escravizados para trabalhar nos serviços agrícolas do plantio de canaviais do recôncavo e de grandes extensões de dendezeiros no litoral do Baixo Sul.

O Zambiapunga de Boipeba faz parte do Movimento Cultural de Boipeba, resgatado por Anália Meneses Magno.

Zambiapunga por Isabella Matosinhos

ZAMBIAPUNGA POR RONALDO FRANCO

ZAMBIAPUNGA POR ISABELLA MATOSINHOS

ZAMBIAPUNGA: EDUCAÇÃO, MEMÓRIA E IDENTIDADE POR NÚBIA DOS SANTOS

CARETAS E ZAMBIAPUNGAS: A INFLUÊNCIA CENTRO-AFRICANA NA CULTURA DO BAIXO SUL E A HISTÓRIA DA REGIÃO POR CRISTINA ASTOLFI CARVALHO

BUMBA-MEU-BOI
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BUMBA MEU BOI

A dança do Bumba meu Boi é um dos traços marcantes da cultura da Ilha de Boipeba. A dança surgiu no Nordeste no século XVII e veio para a Ilha de Boipeba no século XX. O Bumba meu Boi era conhecido como: Boi-malhado e também Boi-Janeiro. O Bumba meu Boipeba se apresenta na comunidade, entre outras datas comemorativas, no dia de Reis (06 de janeiro), sábado de carnaval e Lavagem da Igreja do Divino.

Há algumas variações no enredo da dança. Na maior parte das versões, a dança encena o impasse do negro Chico, ao ter que realizar um desejo de sua esposa grávida, a cabocla Catarina. Chico acaba sacrificando o boi preferido de seu patrão que, quando toma conhecimento do fato, exige que o empregado traga o animal morto de volta. Chico tenta ressuscitar o boi de todas as maneiras possíveis: chama um padre, um médico, um curandeiro e outras figuras públicas. O Índio Pajé, através de seus rituais, faz um milagre e o boi volta à vida e tudo acaba bem para o Chico, o Patrão, Catarina e, é claro, para o Boi que foi ressuscitado.

A manifestação folclórica faz parte do Movimento Cultural de Boipeba e está sob responsabilidade de Anália Meneses Magno. 

BUMBA MEU BOI POR DJALMA SANTOS

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BUMBA MEU BOI POR CARLOS PEREIRA

PATRIMÔNIO HISTÓRICO
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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

IGREJA DO DIVINO

Matriz edificada por volta de 1610, ampliada verticalmente na primeira metade do século XIX. Os cunhais da fachada demonstram tal ampliação, que se destinava a criar um coro elevado e consistório sobre a sacristia esquerda. Da matriz original foram conservadas a planta em cruz latina, comum em igrejas de aldeias jesuíticas do século XVII, a portada e a sacristia esquerda. O piso original, em pedra, encontra-se embaixo do atual.

A fachada, flanqueada por cunhais de cantaria, é do tipo empena, com terminação curvilínea. No coro, três janelas estilo D. Maria I. Acima da janela central está escrita a data 1838, possível ano de sua ampliação. Do lado esquerdo a “espadaña” (estrutura de parede que faz a função da torre sineira, porém com acesso externo), coroada por uma pomba. No interior, altares neoclássicos. Possui azulejos azuis e brancos (século XVIII), com motivos figurados bíblicos.

IPAC-BA - Inventário de proteção do acervo cultural, 1988

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Em breve você poderá navegar pelo interior da igreja, vislumbrando seus mais de 400 anos de história.

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DIVINO

CASA DE FARINHA

Construída em 1953 utilizando a técnica do Pau a pique, a Casa de Farinha sempre pertenceu a mesma família. Sua produção serve para o sustento dessa família, mas também é aberta para uso da comunidade. A mandioca usada no processo é plantada na região.

O processo de fabricação passa por várias etapas, começando pelas mãos das mulheres, que raspam a mandioca. Depois é a vez dos homens levarem a mandioca para a máquina, resultando em uma massa que é ensacada e levada para a prensa. A cada 1 hora a prensa é apertada para que saia todo o resíduo líquido. Depois disso, é retirada e passada na máquina para virar uma farinha crua. Então, é levada para os alguidares (tachos) já quentes, onde é torrada com a ajuda de um rodo de madeira. Depois de fria, é novamente peneirada e, por fim, ensacada para o uso.

Casa de Farinha por FFernandoSS, 2015

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Em breve você poderá visitar a Casa de Farinha de Boipeba virtualmente, conhecendo um pouco mais de sua história.

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